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Reconhecimentos e Publicações

Rede de Rastreio distinguida pela DGS nos 40 Anos da Infeção por VIH

10 Outubro 2024

No âmbito das comemorações dos 40 anos do VIH em Portugal, a Rede de Rastreio, constituída por organizações de base comunitária a nível nacional, foi agraciada com uma distinção pelo seu contributo excecional para o diagnóstico e prevenção do VIH no país pela Direção-Geral de Saúde (DGS).

O evento da DGS assinalou os 40 anos desde a primeira infeção de VIH em Portugal e insere-se num conjunto de iniciativas que pretendem refletir sobre os desafios enfrentados. A celebração das conquistas que têm permitido salvar milhares de vidas e melhorar a qualidade de vida das pessoas que vivem com VIH, são também mote para a iniciativa.

Num gesto de reconhecimento, a DGS destacou 40 pessoas e iniciativas que têm desempenhado um papel fundamental na história do VIH, entre as quais a Rede de Rastreio, promovida pelo GAT em parceria com o Instituto de Saúde Pública da Universidade do Porto (ISPUP), pelas suas ações inovadoras e pelo impacto positivo na promoção do rastreio comunitário. Recebeu o prémio João Brito, vice-presidente do GAT.

A Rede de Rastreio  tem sido uma pedra angular na resposta à infeção pelo VIH e outras infeções sexualmente transmissíveis (IST), contribuindo diretamente para a deteção precoce de IST, e encaminhamento para tratamento e prevenção. Com uma abordagem centrada nas populações-chave, esta rede facilita o acesso a serviços de rastreio e aconselhamento comunitários.

Além da Rede de Rastreio, Graça Freitas, Joana Bettencourt, Joaquim Machado Caetano, Kamal Mansinho e Margarida Tavares receberam distinções. Nas homenagens póstumas, o GAT destaca as distinções a Laura Ayres, Maria Odette Ferreira e Ricardo Camacho. Entre as entidades, a APECS, o ICAD, o Infarmed, o CAD da Lapa e o CAD do Porto entre as homenagens.

A Importância do Rastreio Comunitário

A resposta comunitária da Rede de Rastreio tem vindo a transformar o cenário da saúde pública em Portugal, com objetivo de alcançar a meta de erradicação do VIH como uma ameaça à saúde pública até 2030, conforme previsto pela Organização das Nações Unidas.

A Rede de Rastreio veio promover a implementação do teste rápido comunitário em Portugal e do rastreio integrado, que aproveita a oportunidade para rastrear infeções além do VIH, como é a sífilis, hepatite B e hepatite C.

A realização do rastreio de forma comunitária, elimina barreiras e permite aumentar a acessibilidade , essencialmente promovido pela comunidade e para as comunidades de homens que têm sexo com homens, pessoas trans, pessoas que usam drogas, pessoas que fazem trabalho sexual e pessoas migrantes.

A iniciativa, que não conta com financiamento ativo, apenas é possível com o valioso contributo e compromisso das organizações de base comunitária aderentes. O GAT aproveita a ocasião para congratular o empenho das organizações aderentes.

Reforçamos o compromisso de continuar a trabalhar em colaboração com outras organizações, entidades públicas e a comunidade, mantendo a sua missão de promover a igualdade no acesso aos cuidados de saúde e o combate à discriminação das pessoas que vivem com VIH e das comunidades.


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